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#MLI2015 (Bia) - Semana 1

Posted on terça-feira, julho 21, 2015

Já passou uma semana desde que eu comecei a participar da #MLI2015. E surpreendentemente as perspectivas são boas por aqui!

Minha TBR, para quem não lembra: http://toalhademoebius.blogspot.com.br/2015/07/mli2015.html
O primeiro já foi! Eeeeee... Estou na marca dos 75% lido com o segundo!
- A Gruta Gorgônea 
- O Penúltimo Perigo
- O Fim
- O Chamado do Cuco (percebi depois que também se encaixa no desafio de mais de 400 páginas)
- O Arqueiro

Impressões sobre A Gruta Gorgônea, de Lemony Snicket
Estanho falar sobre o 11º livro da série sem ter feito resenha ou falado algo sobre os outros. Mas acho que esse livro é o que realmente difere dos outros, não é "apenas" mais uma desventura.
Acontece que depois de escapar 10 vezes do conde Olaf, os órfãos Baudelaire já estão bem grandinhos - inclusive Sunny. Conhecem pessoas que não são completamente inúteis para sua situação desventurada e, também, verdadeiros amigos.
Nesse livro em especial, experimentama traição de amigos e, mais uma vez, o abandono e a covardia de um adulto. O Medusoide, cogumelo mortífero, chega muito perto de vitimar Sunny... E se eu contar muito mais, dou spoilers demais.
O que é marcante, entretanto, é o crescimento dos personagens e a virada narrativa que Snicket dá nesse livro - um processo que tem acompanhado os últimos dois livros. Porém, é no livro undécimo que fica clara a capacidade de escolha que os órfãos desenvolvem, o jeito de tomar conta de si mesmos e de lidar com as desventuras de suas vidas.
Além disso, li esse livro tão rápido porque ele tem mistérios que quase me fazem arrancar os cabelos! Tem, também, reviravoltas do tamanho de furacões. Enfim, parece que a série se encaminha para um estonteante final.

E, sobre O penúltimo perigo, também do Snicket
Estou escrevendo sem ter finalizado a leitura - o que é bom, porque quando se sabe o final, não há como não passar ele nas entrelinhas de uma opinião. No livro duodécimo, penúltimo da série, um hotel cheio de personagens misteriosos é apresentado ao leitor.
Mais uma pessoa inocente acaba morrendo, e os planos de Olaf ficam ainda mais obscuros e enrolados. Parece mistério que não termina mais.
Pergunto-me o que será de mim quando terminar a série. Serei, também, uma órfã (dos) Baudelaire. 

Considerando a leitura até agora, estou de parabéns...

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Filme: Cypher - 2002

Posted on quinta-feira, fevereiro 26, 2015


   Filme com Lucy Liu (única que reconheci conhecida) e Jeremy Northam como protagonistas.


O protagonista é um cara pacato, simples e "certinho" que perdeu o emprego de contador recentemente. Cansado da vida suburbana (que nos EUA é tranquila e de classe média) vai procurar emprego como espião corporativo na empresa altamente competitiva e sigilosa Digicorp.

Isso tá parecendo sinopse. Vamos ao que interessa.
O filme é bom. Agitado e com mistério que vai se desenrolando aos poucos, tenso, enigmático, pode-se dizer. O cara vai se afundando cada vez mais naquele mundo intrigante da espionagem corporativa.

História acaba sendo levemente semelhante à do Nerdcast especial RPG Cyberpunk, que é um podcast bem mais extenso, dividido em duas partes e é bem boladinho (apesar de não ser um filme haha).

Nota do filme: Vale a pena assistir (não sei se tem versão brasileira). Como tenho atribuído números: 8.3

É um filme sem muita construção do universo, etc. Se não está afim de um filme com profundidade para pensar, é essa a pedida (quê?).

Há Braços.

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Resenhas de Alguns - 7 - dos Últimos Filmes

Posted on domingo, novembro 23, 2014

Eu gostaria de colocar imagens dos filmes, mas tenho pressa.
EDIT: Coloco algumas imagens, mas dessa vez mudo e coloco fotos e não uma capa do filme, como sou inclinado a fazer.

Basicamente pra ajudar a 'keep track' dos filmes que vi recentemente. Opinião sucinta e pode não representar exatamente o que senti na hora do filme, pois filmes mais recentes lembro melhor.

Fora da ordem cronológica (nem de criação, nem de que asssisti).

Hackers (1995) - Olha a idade da Angelina Jolie na foto hahaha (não tão novinha, tipo uns 20 anos - ? - Mas bem diferente). O filme é bonitinho, de uma criançada hacker e phreacker (eles meio que enfatizam esse conceito) que "luta" contra um hacker adulto malvado responsável pela segurança de dados importantes. Envolve um cenário meio underground da criançada da época. Nota (sou péssimo em dar nota - não confie muito na numérica): Bem legal, vale a pena assistir -> 8.

Hard Candy (2005) - no Brasil "Menina má .com": Divertido, de acordo com a Bia "dá um ruim". E dá mesmo, é que é um assunto bastante repugnante. Se não ficou claro pra alguém: é sobre pedofilia.  É com a Ellen Page e adoro ela nos filmes - hey, Bia, estou só elogiando uma atriz haha. Envolve bastante o sentimento de raiva da menina (Ellen) e de falta de noção de culpa do cara (não lembro o nome do sentimento) - o cara teve um evento sério quando era criança e por algum motivo que não ficou claro, tem um sentimento doentio em relação a uma mulher (adulta) - ele parece "amá-la" e *esse spoiler ficou apagado*. Nota: Se tá afim de ver um troço tenso e nervoso, angustiante: ótimo. Não sei quem foi o diretor (e, afinal, não estou pesquisando nada pra esse post), mas talvez a fotografia e o tempo das cenas poderiam ser melhores - apesar de terem ficado bons. -> 6.

Her (2013) - Em um futuro realista, com poucos avanços. Sobre um cara com um bigodinho seboso~ que anda meio triste e está em processo de separação com a esposa, quem ele gosta muito. O cara compra um SO (sistema operacional) lançamento novo, com AI muito boa, e começa a namorá-la. Trata de sentimentos e da dependência que as pessoas criam com as tecnologias que surgem, também desse isolamento interpessoal que elas proporcionam. As cores e a fotografia são muito boas. Nota: É assustador (nao no sentido de susto e medo). Uma representação muito boa de ideias que se pensam sobre o assunto. -> 8,5.

Primer (2004) - Filme piradissimo, caseiro, feito por um matemático (? - os pontos de interrogação indicam que não tenho certeza). Fácil de se perder na linha do tempo, pois trata de viagem no tempo. Se passa na atualidade, os protagonistas são engenheiros querendo criar alguma inovação e acabam criando uma máquina do tempo (o cara não percebe imediatamente). Nota: Massa. Doido. Confuso. Engenheiros físicos (haha) Assista se curte Si-Fi -> 8.
Melancholia (2011) - Vai acabar a Terra com uma colisão com outro planeta chamado Melancholia, ou não vai colidir; pode ser que esses cálculos astronômicos tenham dado algo errado e os cientistas não podem afirmar com toda a certeza. É parado pra caramba e bem cansativo, foca no sentimento de uma mulher que nessa situação se casa e está pensando na morte, também na relação dela com uma prima (?) e sua familia. Quase não assisti todo. Praticamente esqueci do filme. Nota: provavelmente eu não estava no humor pra assistí-lo. -> 3. Só assisto de novo se alguém me recomendar e comentar sobre a ideia do filme. EDIT: Achei o filme bosta mesmo. "The expectation of punishment is, of course, one reason people go to a Lars von Trier movie in the first place", crítica do New York Times.

Moon (2009) - Sobre cara que trabalha na lua fazendo extração de um material que dá muita energia pra terra. Futurista. Sensação de solidão. O cara trabalha sozinho, pois a estação requer pouca manutenção e a empresa quer poupar. Difícil comentar sem spoiler. Nota: Passa sentimento, mas é meio ruim. A conclusão é fraca, ou não - não lembro direito. -> 7,5. (aumentei a nota dos que eram 7.5 pra esse ficar abaixo deles, apenas).

Children of Men (2006) - Reino Unido, 2027. Na tv passa a notícia de que morreu o humano mais jovem do planeta, com 18 anos e 4 meses, era uma celebridade. Não se sabe porque ninguém mais engravida. Caos político no mundo, muitos imigrantes em UK. A história é uma luta pra levar para os "good guys" uma garota, imigrante, que está grávida. Nota: trata da importância da gestação e da capacidade de ter bebês, do poder de ser mãe e de como isso é respeitado (naquele caso). É bem agitado com correrio, guerra e morte. -> 8.


***
Não reli e fui só escrevendo o que veio na cabeça sem muta análise.
Abraço.

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Resenha (livro) - Marina - Carlos Ruiz Zafón

Posted on quarta-feira, maio 14, 2014

De vez em quando, eu leio um livro.
Mais de vez em quando ainda, eu resolvo resenhar um livro. Isso ocorre, mais especificamente, quando eu amo muito ou odeio demais uma leitura realizada em data próxima.
Dessa vez não é diferente. Quem lê o blog já deve estar enjoado de mim falando sobre o Carlos Ruiz Zafón, sobre como suas obras são fantásticas (ultimamente, fantástico é meu adjetivo preferido, dado o fato de que comecei a acompanhar Doctor Who e aquela loucura toda é mais que demais). Talvez você esteja pensando "opa, então ela vai falar mal do Zafón, finalmente!". Errado.
Sei que todo mundo já resenhou esse livro. Ouvi falar muito dele na época em que foi lançado pela Suma e foi ele que tornou o autor tão conhecido no país (ao meu ver, sendo que, aparentemente, ele é tão conhecido por A Sombra do Vento; entretanto, se menciono Marina, todos sabem de quem estou falando, o que não ocorre com o Sombra). Entretanto, só depois de ler é que pude perceber que tudo nessa vida tem um fundamento: Zafón é um gênio e não sei como passei minha vida sem ler isso antes.


Mais uma vez, um livro dele me fez rir, chorar (demais, como nunca antes com uma obra de ficção), ter pesadelos... Enfim, é um livro de emoções fortes, de impacto. Com ele, quase acreditei que a loucura cria monstros reais.
Apesar de Marina ser um livro juvenil, acredito que se eu tivesse lido ele com 15, 16 anos estaria com alguns problemas psicológicos graves depois da leitura. A temática da morte, da doença, da miséria humana, dos rastros de uma guerra que se faz tão necessária para a política internacional, mas que deixa marcas profundas na vida dos seres humanos... É tudo tão impactante que, se já não tivesse crescido um pouco, minha redoma de cristal haveria se partido em bilhões de pedaços.
Quanto ao enredo, Zafón mistura estilos, faz poesia em sua história. O que parece um mistério, se transforma em ficção, depois vira drama, romance, terror, e tudo se mistura novamente e se mescla com a realidade. É impressionante como sinto vontade de continuar o livro até terminar, e, quando termina, sinto uma tristeza (por terminar) e uma grande alegria (por ter lido tão magnífica obra).
Não compete à mim contar a história. Zafón faz isso dezenas de milhares de vezes melhor que eu! Então, a sugestão: leia esse livro. Ele não é muito grande. Imagino o que seria de muitos jovens (calma, não sou tão velha... pessoas com 3-4 anos menos que eu) se conhecessem livros como esse, se soubessem o mundo que as páginas fechadas por capas falhadas esconde.... Sim, a capa de Marina é falhada. A edição não foi muito feliz e a menina segura uma mão. Paciência!

No momento, tenho mais um livro dele para ler. O Príncipe da Névoa. Depois, aceito presentes e doações dos outros dois haha
Espero que a vida ainda seja repleta de livros tão bons quanto esse. Que Zafón publique mais uns mil livros. Que um dia eu possa conhecê-lo e conseguir sua assinatura em um livro... Mas, principalmente, que mais pessoas tenham chance de viajar para a Barcelona perdida no tempo que ele narra e conhecer Óscar, Marina, Beatriz, Julián Carax, Clara Barceló, Daniel Sempere e muitos outros seres adoráveis desse mundo, sem esquecer, é claro, do melhor de todos: Fermín!

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Resenha - Operação Sombra Jack Ryan (filme)

Posted on domingo, fevereiro 09, 2014

Gosto de filme.
Gosto bastante de cinema.
Não sei as implicações disso, mas eu gosto.

Sexta (07/02) eu fui pra um cinema aqui no Rio. Tinha feito prova e precisava relaxar um pouco, estava com um amigo que estava na mesma.

"Qual o filme que começa mais cedo?", a resposta para essa pergunta era Operação Sombra Jack Ryan. Obs: Evito spoiler que estraga.

 Acho que dá pra dizer que o filme não é muito minha cara, mas vamos aos fatos. O filme fala de um economista que depois do curso não segue a academia, vai pro exército trabalhar no Afeganistão. Sofre um acidente num helicóptero e salva seus colegas, quebra a coluninha e fica meses em recuperação. É chamado pra concluir o PhD e trabalhar pra CIA em Wall Street (tipo trabalhando normal só que dando informações pra eles).
Tá. Ele descobre um treco forte dos russos, daí ele TEM que ir pra Rússia e lá ele se torna um agente de verdade. Mas tem alguns pontos interessantes sobre o filme que eu queria apontar e talvez levantar a discussão (com quem?), dá pra ter uma ideia do "estilo do filme".

  • O filme começa com um juramento pros EUA
  • O cara é um grande herói que derrotou os russos (GENTE, O FILME É DE 2014!)
  • O cara fica namorando com a médica que ajudou ele a se recuperar. Ele não pode contar pra ela que é da CIA. Ela acha que ele tem um caso, quando ele vai pra Rússia ela faz uma surpresa inconveniente pra ele, vai atrás dele. No fim do filme, quando ele fica todo arrebentado, ele diz pra ela que ela não escolheu essa vida (de ter que ficar se arrebentando). E ela diz "Eu escolhi você".

 Os dois primeiros pontos dispensam muitos comentários. Mas surge uma questão sobre os filmes assim "nacionalista EUA": Quem faz com que esses filmes sejam feitos? Tipo quem paga mesmo, contrata?
Também dá pra perguntar sobre os filmes de consumismo, de carros, de drogas, etc. Talvez o estilo ajude a vender por si só, mas apesar de Occam, isso não deve ser toda a verdade.

O último é uma observação sobre aquela visão da menina-disponível-vivo-pra-você, da sou-ninguém-homens-que-importam. Eu não assisti muitos filmes pensando nisso, mas isso é forte nos filmes. O filme tá incentivando as pessoas a serem assim e esperar isso? Não sei. Talvez seja a melhor forma de contar a história, talvez o público peça por isso, talvez seja sem querer. Duvido que seja sem querer.

Antes eu tinha mais ideia de coisa pra falar, mas agora fugiu. Talvez isso é tudo. Só ficam algumas coisas na cabeça...
Por quê? Até quando? Pra quem?

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Retrospectiva 2013 da Bia - Leituras! (Parte 2)

Posted on segunda-feira, janeiro 13, 2014

Férias é um momento de tanta preguiça. Passo o ano todo pensando em todos os livros que vou ler, todo o estudo que vou realizar, tantas bandas novas que vou conhecer, quantos lugares vou conhecer... Tudo nas férias. Mas as férias chegam e eu faço: nada. Ou, muito pouco.

Mas estou cumprindo com minha palavra em alguns pontos: eu voltei para fazer a segunda parte do post sobre os livros que li em 2013. E estou lendo alguns livros também, e visitando pessoas - por vezes, recebendo visitas.
Adiante, então, para o final da curtíssima lista de livros que li no ano passado.
5. O Juiz e seu Carrasco - Friedrich Dürrenmatt
Quando? 12/05/2013
Sobre o que é? Em uma cidadezinha suíça, um policial exemplar é encontrado morto. Bärlach, um velho e doente comissário, amante de cigarros, de vodca e da boa mesa, investiga essa morte ao mesmo tempo em que luta contra a sua própria, que parece cada vez mais próxima. Enquanto a polícia se vê às voltas com figurões locais, oficiais oportunistas tentam subir na carreira, e Bärlach faz as suas arriscadas jogadas. Na sombra, o assassino, um tipo maquiavélico, disserta sobre o bem e o mal, que ele considera possibilidades iguais. Tendo como mote principal uma intriga policial, O juiz e seu carrasco, uma das obras mais conhecidas do escritor suíço Friedrich Dürrenmatt (1921-1990), trata, na verdade, num tom sarcástico, da tragédia da morte e da doença, da risível comédia humana. Uma pequena obra-prima à altura dos mestres Dashiell Hammett, Rex Stout, Raymond Chandler e Georges Simenon.
Conclusões: não lembro de praticamente nada desse livro! Precisei ler ele para uma cadeira de português da faculdade. Ele é bastante fino e li bem rápido. Mas sinceramente a leitura não foi aproveitada porque eu não li por gosto, mas por obrigação. Não que eu não tenha gostado. Dei uma boa avaliação no Skoob - o que significa que o livro é bom e pode ser recomendado.
Avaliação final: três estrelas.

6. Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter #1) - J. K. Rowlling
Quando? 01/08/2013
Sobre o que é? Harry Potter é um garoto comum que vive num armário debaixo da escada da casa de seus tios. Sua vida muda quando ele é resgatado por uma coruja e levado para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá ele descobre tudo sobre a misteriosa morte de seus pais, aprende a jogar quadribol e enfrente, num duelo, o cruel Voldemort. Com inteligência e criatividade, J. K. Rowling criou um clássico de nossos tempos. Uma obra que reúne fantasia e suspense num universo original atraente para crianças, adolescentes e adultos.
Conclusões: A história de Harry Potter é aquela que já conhecemos. Li esse livro há bastante tempo, quando ainda estava no ensino fundamental... Mas não lembrava de absolutamente nada e comprei a coleção toda - um bom motivo para reler, certo? :D Na verdade, ao reler, achei a escrita da Rowlling um pouco pobre - me julguem. Talvez eu devesse ter lido todos os livros na época em que eu ainda estava no ensino fundamental mesmo, mas ainda assim: Harry Potter é um clássico contemporâneo, por ter se tornado o fenômeno que é.
Avaliação final: três estrelas.

7. O Pintor que Escrevia - Letícia Wierzchowski 
Quando? 02/11/2013
Sobre o que é? Duas pessoas apaixonadas e um pecado que transforma suas vidas são os protagonistas de O Pintor que Escrevia , novo romance de Leticia Wierzchowski, autora de A casa das sete mulheres . Em O Pintor que Escrevia , a autora conta a história de Marco Belluci, pintor italiano que se refugiou no Brasil durante a Segunda Guerra e suicidou-se sem explicações. Belluci deixou muitos quadros, que foram encaixotados e assim permaneceram por muito tempo. Vinte e um anos depois da morte de sua morte, um conhecido marchand ao avaliar sua obra, descobre textos escritos atrás de cada tela, que revelam um amor que custa crer que tenha existido.
Conclusões: Outro livro lido para uma cadeira de português da faculdade. Comecei a ler com uma grande má vontade: é um romance romântico! Eca! Mas, afinal, foi um bom livro - não o melhor, mas um bom livro. Quando fizemos um trabalho sobre o livro, descobri algumas coisas interessantes sobre ele: ele é cheio de símbolos e coisas ocultas. Gosto disso. E além de tudo, a leitura fluiu! Li ele bem rápido quando comecei de verdade. De fato, a única coisa que não me deixou adorar o livro foi o tal do "amor incondicional e ai-meu-deus-vou-me-matar-por-essa-mulher" que o livro tem. Bitch, please, não é meu estilo de leitura!
Avaliação final: quatro estrelas.

8. A Sombra do Vento - Carlos Ruíz Zafón
Quando? 07/12/2013 (e em apenas quatro dias!!)
Sobre o que é? A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias. Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que ama poderão ter um destino terrível.
Conclusões: já expressei minha opinião sobre o livro aqui, nesse post. Amei, e ponto.
Avaliação final: CINCO ESTRELAS E UM CORAÇÃO. Favorito, com certeza.

9. Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (Becky Bloom #1) - Sophie Kinsella
Quando? 18/12/2013
Sobre o que é? Rebecca Bloom é uma jornalista especializada na área de finanças e uma compradora compulsiva. Na realidade, ela nada entende de economia, apesar de trabalhar no ramo, vive fugindo do gerente de banco e inventa meios malucos de conseguir pagar seu cartão de crédito
Conclusões: adorei o livro! Eu fiquei o tempo todo pensando em "Becky, você é uma idiotaaaaa! Cresça, encare os desafios, seja uma pessoa sensata! Seus problemas podem ser fáceis de resolver se você quiser...". E também pensei em como sou igual a ela nesse ponto. Ignorar os problemas parece tão mais fácil... Parece que eles vão deixar de existir! Mas não é assim que funciona, e Kinsella nos mostra isso de uma forma muito divertida!
Avaliação final: cinco estrelas.

Sinto quase vergonha da quantidade de livros que li em um ano inteiro! Houve tempos em que eu lia 40 por ano, mais ou menos. Por favor, faculdade, devolva minha vida!
Encerra-se aqui, então, a retrospectiva de livros que li em 2013. 
Como desejos para 2014, ficam: que eu consiga ler mais livros; que eu consiga ler livros que eu quero ler, não que sou obrigada; que eu consiga ler os 60 livros que ainda não li da minha estante; que eu possa continuar recomendando os melhores livros e falando sobre eles, mesmo que comigo mesma :D

Esse post foi embalado por uma série de músicas velhas supplied pelo Spotify haha
Como "The Final Countdown", "Don't Stop Believing", "American Idiot", "Don't Fear The Reaper" e "Wanted Dead or Alive" :D

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~Resenha~ A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón

Posted on sábado, dezembro 07, 2013

Esse livro se tornou meu livro favorito. Talvez isso se dê pela fraqueza de minha alma, ou de minha memória mesmo. Acontece que nunca lembro, por mais de um ano, das histórias que já li. 
Com a frequência de leituras que ando tendo ultimamente (de 5 por ano, para menos), por conta da pesquisa na área da Bioética e da graduação em Direito, quase não lembro de meus livros favoritos.
Apesar de todo o narrado, acredito que mesmo tendo em mente os livros que já foram meus favoritos, eles teriam perdido seu posto para o magnífico livro que venho aqui apresentar. A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón. 

O livro trata da história de Daniel, um menino que acorda sem lembrar do rosto da mãe, já falecida. Como consolo, seu pai lhe leva a um local que mudaria sua vida: o Cemitério dos Livros Esquecidos. Nesse local, Daniel encontra e "adota" o livro que seria seu favorito, escrito por um tal de Julián Carax. Entretanto, ao procurar mais livros do autor, descobriu que um estranho os vinha queimando, um a um - e queria queimar, inclusive, o seu. Logo, Daniel se vê envolvido por um grande mistério, que envolve o passado de muita gente e o seu próprio futuro.
Essa, na verdade, é a sinopse que a capa traseira do livro oferece. É, também, aquilo que as lojas online lhe apresentarão. Mas o que fascina neste livro não está em nenhuma chamada. A sinopse, na verdade, não seria capaz de apresentar tudo que esse livro é e o que ele representa.
O livro tem mistérios que não se apresentam claramente desde o início. Seria um pecado contar o enredo do livro. Mas o que se pode contar é que os personagens são marcantes, os textos são profundos e muito cultos, e o andar da história faz surgirem os mais diversos sentimentos: raiva, amor, ódio, dor, surpresa, alegria... 
Até a metade do livro, me peguei odiando Clara Barceló. Senti uma grande empatia pelo pobre Fermín, homem sofredor que se revelou mais uma grande carga de pequenas surpresas nesse livro. Fermín me fez rir, chorar e sentir uma tristeza profunda na alma, porque ele me trouxe de volta um pensamento que sempre tive: a humanidade é má. Daniel, inocente e movido por emoções e pela curiosidade juvenil vai descobrindo a vida - a sua e as passadas. 
Até a metade do livro, também, se desenvolvem mistérios que parecem infinitos, já suficientes para uma boa história. Daí para diante, os mistérios parecem começar a se solver, mas, na verdade, eles começam a ficar mais complicados e mais intensos.
Enquanto Daniel se envolve cada vez mais na busca pela história de Julián Carax, o escritor de seu amado livro, esses mistérios nos deixam presos ao livro. Passei nove horas a fio do meu dia lendo esse livro, a partir da intensificação das coisas. Esse livro estava se tornando, potencialmente, meu favorito.
E, a partir de então, não consegui mais ler esse livro sem fechar a boca, ou seja, sem espanto. Cada nova página era uma surpresa e um salto no coração. Chorei e sorri, como nunca havia feito com outro livro.

Assim, se eu disser mais uma palavra, acabarei dando spoilers. Isso se deve à intensidade de acontecimentos que permeiam este livro, inesquecível, que me deixou no dilema de quem ama ler: terminar logo e descobrir tudo que me mata de curiosidade, ou prolongar a leitura para evitar o fim do que foi o melhor livro que já li na vida? Esse é, por fim, meu livro favorito, dentre os mais de 150 que li até o momento.