0

Resenha - Operação Sombra Jack Ryan (filme)

Posted on domingo, fevereiro 09, 2014

Gosto de filme.
Gosto bastante de cinema.
Não sei as implicações disso, mas eu gosto.

Sexta (07/02) eu fui pra um cinema aqui no Rio. Tinha feito prova e precisava relaxar um pouco, estava com um amigo que estava na mesma.

"Qual o filme que começa mais cedo?", a resposta para essa pergunta era Operação Sombra Jack Ryan. Obs: Evito spoiler que estraga.

 Acho que dá pra dizer que o filme não é muito minha cara, mas vamos aos fatos. O filme fala de um economista que depois do curso não segue a academia, vai pro exército trabalhar no Afeganistão. Sofre um acidente num helicóptero e salva seus colegas, quebra a coluninha e fica meses em recuperação. É chamado pra concluir o PhD e trabalhar pra CIA em Wall Street (tipo trabalhando normal só que dando informações pra eles).
Tá. Ele descobre um treco forte dos russos, daí ele TEM que ir pra Rússia e lá ele se torna um agente de verdade. Mas tem alguns pontos interessantes sobre o filme que eu queria apontar e talvez levantar a discussão (com quem?), dá pra ter uma ideia do "estilo do filme".

  • O filme começa com um juramento pros EUA
  • O cara é um grande herói que derrotou os russos (GENTE, O FILME É DE 2014!)
  • O cara fica namorando com a médica que ajudou ele a se recuperar. Ele não pode contar pra ela que é da CIA. Ela acha que ele tem um caso, quando ele vai pra Rússia ela faz uma surpresa inconveniente pra ele, vai atrás dele. No fim do filme, quando ele fica todo arrebentado, ele diz pra ela que ela não escolheu essa vida (de ter que ficar se arrebentando). E ela diz "Eu escolhi você".

 Os dois primeiros pontos dispensam muitos comentários. Mas surge uma questão sobre os filmes assim "nacionalista EUA": Quem faz com que esses filmes sejam feitos? Tipo quem paga mesmo, contrata?
Também dá pra perguntar sobre os filmes de consumismo, de carros, de drogas, etc. Talvez o estilo ajude a vender por si só, mas apesar de Occam, isso não deve ser toda a verdade.

O último é uma observação sobre aquela visão da menina-disponível-vivo-pra-você, da sou-ninguém-homens-que-importam. Eu não assisti muitos filmes pensando nisso, mas isso é forte nos filmes. O filme tá incentivando as pessoas a serem assim e esperar isso? Não sei. Talvez seja a melhor forma de contar a história, talvez o público peça por isso, talvez seja sem querer. Duvido que seja sem querer.

Antes eu tinha mais ideia de coisa pra falar, mas agora fugiu. Talvez isso é tudo. Só ficam algumas coisas na cabeça...
Por quê? Até quando? Pra quem?