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Sigh

Posted on terça-feira, julho 15, 2014

Eu sei que é bem chato encontrar um texto sobre uma pessoa falando sobre si mesma. Sei também que isso, muitas vezes, estraga a imagem de um blog. Portanto, se meu amado considerar pertinente, pode tirar essa postagem do ar no futuro. Mas sinto que preciso falar sobre algumas coisas sob a ilusão de que alguém vai ler e se importar.



Estou de férias desde o início do mês. Eu deveria escrever um artigo ao longo das férias. Porém, uma semana em casa se passou e eu ainda não consegui fazer absolutamente nada. Isso porque eu tirei um siso e cara: nunca mais eu duvido quando alguém diz que dói! É muito sofrimento! Uma semana inteira com dor de dente e - o pior - de cabeça. Meu prazo para o artigo é a amanhã e mal consegui começar ele. Estou com muita raiva disso, porque o artigo é sobre um tema que eu adoro: o da iniciação científica.
Além disso, queria sair, visitar amigas, passar tardes no sol, na casa da vó, andando de bicicleta pela cidade... Nada é possível. Mas, há luz no fim do túnel: hoje é o primeiro dia em que não sinto dor de cabeça! Ok, depois de muita medicação. Mas como é doce a ilusão de estar bem!
Mais do que um desabafo, um relatório de problemas, esse post tem um fim: me fazer tirar palavras de dentro de mim, perfeita e claramente como sempre foi, como um ensaio para a redação do artigo. Além do mais, as coisas estão melhorando. Vou caminhar um pouco no final do dia, estou lendo (surpreendentemente) com fluência um livro em inglês. Não é qualquer livro: é o primeiro livro da Sookie Stackhouse Mysteries!! *o* E... fiz deliciosos cupcakes semana passada que fizeram todos lamber os dedos ;D



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Uma manhã de estudos

Posted on terça-feira, março 11, 2014

Terça-feira. Dia em que minha semana começa. Passo o final de semana pensando em como, a partir de terça, minha semana será produtiva. Chego na cidade onde estudo na segunda, limpo tudo, arrumo tudo, deixo tudo ajeitado porque terça-feira é dia de começar a semana.
Planejo acordar cedo, ir para a biblioteca, estudar a manhã toda. À tarde, vou para meu trabalho como bolsista de iniciação científica e, à noite, tenho uma empolgante aula sobre Contratos.
Está tudo planejado. Não há nenhuma possibilidade de algo dar errado... Será?

Chega a terça-feira. Durmo até às 8hs da manhã. Até aí, ok. Era o plano!
Fico na cama até 8:30. Hey! Por que tanto?!
Vou para a cozinha, tomo meu café da manhã, me arrumo e sigo meu caminho, rumo ao outro lado da rua, ou melhor, rumo à Universidade. Enfim, vou estudar! Fiz uma viagem de aproximadamente 3 horas no dia anterior para que possa aproveitar a semana de estudos aqui, em São Leopoldo, morando em um Pensionato de freiras.
Mas... Havia planejado começar os estudos às 9hs. Já são 10 horas da manhã! Pelo amor de Deus, onde foi que eu errei?
Ah, calma. Agora, por duas horas, vou baixar a cabeça e estudar intensamente. Espere! Por que as bibliotecárias, que deveriam exigir e manter o silêncio da casa sagrada dos livros, estão conversando tanto?! Ok, força, Bia. Você consegue.
Quem sabe uma música? Mas, qual? Vamos procurar no Spotify. Red Hot Chillipeppers... Não. Thirty Seconds to Mars... Não gostei. Bethoven? Parado demais, preciso de agitação. The Offspring... Muito agitado! Quero correr pela biblioteca gritando as letras e... The Cure... Sim! Não conhecia muito, mas é muito bom.
Ahhh! Olha só, já são 11hs!! Poxa, li 10 páginas apenas. Minha meta são 50. Poxa! Poxa! Poxa!
Ok, foco. Estudo mais um pouco, mas então parece que preciso contar tudo isso para alguém. Que solidão! Ninguém para conversar. Todo mundo estudando de verdade, trabalhando, postando fotos de cães feridos no Facebook... e eu aqui, sozinha e com défcit de produtividade.
Então vim escrever isso. Pois agora são 11:30. Vou ali, voltar para minha rotina do desespero, ouvindo The Cure, sentindo as primeiras pontadas de uma dor de cabeça que sei que vai durar até que eu deitar novamente na cama, à noite, depois de um dia cheio. Cheio de falhas e problemas que se repetem sem que eu consiga encontrar uma solução.
Tenha um bom dia.

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Comoção com o uso de animais em pesquisas: mais que uma questão sentimental

Posted on segunda-feira, novembro 11, 2013



Fonte: http://goo.gl/NJqlrV

Geralmente, quando a mídia divulga amplamente um fato polêmico ocorrido em algum lugar distante no país, há uma comoção popular acerca do tema. Consequentemente, muitas pessoas surgem expondo os mais diversos pontos de vista. Não foi diferente com o caso da invasão de um laboratório em que eram realizados testes em animais, no interior de São Paulo.
O uso de animais em pesquisas científicas é motivo de questionamentos éticos, ao que se tem notícia, desde o século XIX. Apesar disso, desde que se descobriu a possibilidade de o homem dominar os animais (neste caso, por meios tecnocientíficos), esses seres são usados para os mais diversos fins e das mais diversas formas, muitas vezes cruéis e pautadas pela ideia de antropocentrismo, trazida, até mesmo, pela Bíblia, quando diz em Gênesis 1:28 “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”.
Mas, então, se em tanto tempo o uso de animais não passou de um questionamento ético, com âmbito de aplicação fundamentalmente teórico, por que agora se resolve agir em defesa de alguns animais? Na verdade, existem ONG’s que lutam pela “humanização” do tratamento dos animais há bastante tempo. O que se verifica, entretanto, é que após séculos de testes com animais e da matança indiscriminada de bois, galinhas e porcos, o ser humano nunca esteve tão ligado aos animais que domestica como está hoje. Portanto, verifica-se que há, de fato, um sentimentalismo diretamente ligado a ações como a dos invasores do Instituto Royal (aquele do interior de São Paulo, mencionado anteriormente).
Porém, não se pode afirmar que tais ações derivam unicamente de um sentimentalismo, sem ponderações éticas e morais. Essas considerações são as que vêm transformando o Direito (que não é imutável, vale lembrar) em algo mais próximo da realidade atual, que supra os anseios da população e que contribua para o desenvolvimento saudável de uma nação. Assim, pode-se considerar que os invasores do instituto de pesquisas foram, inicialmente, motivados por questões sentimentais; uma opinião que, posteriormente, foi fomentada por uma visão ética fundamentada; e que, ao ser manifestada, pode contribuir de forma positiva na modificação ou criação de direitos – nesse caso, dos animais.
Portanto, o sentimentalismo – ruim por considerar alguns animais melhores ou mais importantes que outros – não deve ser visto como o único combustível de um ato tão brutal quanto a destruição de um instituto de pesquisa. Certamente muitos ativistas foram motivados pela pena que sentiam dos pobres cães da raça Beagle (que foram resgatados do Royal). Porém, geralmente esses movimentos são organizados por ONG’s que possuem um trabalho maior, pautado pela ética e pela igualdade de todos os seres, e não buscam apenas a atribuição de direitos a animais como os cães, mas também a todos os outros animais testados em laboratório, como ratos, coelhos e répteis (usados para fins didáticos).

(Texto escrito no dia  7 de novembro de 2013, como atividade de uma disciplina da faculdade)