2012

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Poesia?

Posted on quarta-feira, setembro 05, 2012

Mundo de pedra - sentimentos debaixo do paradigma, da massa.

Acorda, pedra, pedra, sai, pedra, pedra, pedra pedra, sorriso falso, bom dia ensaiado, pedra pedra, pedra, olha pra cima: pedra, pra frente: pedra, volta, janta, dorme.

"Hey you! would you help me to carry the stone
Open your heart, I'm coming home"

É... Acho que não ficou bom. Sei lá.

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Pressa?

Posted on segunda-feira, setembro 03, 2012

A pressa toma conta de todos nós enquanto vivemos correndo atras do tempo. Tempo... A quem damos definição de mero parâmetro, ilusão do raciocínio e da percepção humana.
Mal nós temos tempo de perceber que temos "pressa de viver, de concluir estudos logo, de trabalhar logo, de ganhar dinheiro logo e acumular riqueza" para no fim, quem sabe... Morrer logo.

Nos falta - talvez em grande parte como sociedade, mas talvez somente em cada um de nós - um pouco de viver vivendo.
Somos separados de todos um pouco, as vezes, porém, estamos separados de nós mesmos e perceber isso é tarefa muito difícil. Agimos contra nós mesmos...

Mas eu já vou indo porque tô com pressa.

..."And I think to myself 'what a wonderful world'"

[comentário] Estava continuando um assunto que foi citado no fim do post anterior.

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concorrência nas empresas prestadoras de serviço de internet

Posted on sexta-feira, maio 25, 2012

  Minha indignação a esse respeito é a cada dia mais crescente. Mais crescente? Sim. Uma coisa que cresce certamente já é bastante elevada diariamente, mas eu me sinto cada vez mais ofendida de certa forma com esse jogo.

  No interior, ao menos em minha cidade, existe apenas uma operadora de serviços de internet, o que resulta em alguns fatores extremamente prejudiciais aos usuários – e aqueles que como eu sonham em ao menos PODER USAR a rede que deveria estar disponível juntamente com a linha telefônica.

  O primeiro ponto é o preço. Geralmente quando não há concorrência abre-se espaço para a exploração abusiva dos preços de determinado serviço. Enquanto em países como a China a internet custa um preço infinitamente minúsculo em comparação com os custos do Brasil e com uma velocidade proporcional ao preço porém na velocidade da internet oferecida, o Brasil tende a decair cada vez mais.

  Outro, podemos citar como o segundo desse problema para aqueles que necessitam do serviço, é a qualidade no atendimento. Qual empresa vai prestar o melhor serviço sempre, se ao tratar de forma genérica seus clientes continuará os tendo em suas mãos, atados a uma velocidade baixa – porém não tão baixa quanto aquela fornecida por serviços 3G, que são outro problema e rendem também muita discussão – ligada diretamente a preços abusivos e atendimento sem compromisso algum?

  E mais um, que toca profundamente a minha pessoa, e que tenho certeza que afeta diversos consumidores ao redor deste território chamado Brasil, é a falta de rede para alguns usuários. A desculpa oferecida de bandeja àqueles que precisam de uma rede de internet banda larga em suas casas para fins de estudo é de que não há portas suficientes na rua. Hã? Esta sempre foi a desculpa que escutei quando tendei contratar um serviço, que de fato, eu já sabia que seria tão lixo quanto esta resposta, mas que mesmo assim seria melhor do que o grande nada que tenho hoje. Quais são as outras desculpas utilizadas? Eu não sei. Pesquisaria, mas como minha internet de celular não é rápida e eu preciso estudar, não me sobra tempo nem ao menos para pesquisar algo do gênero. Será que é tão difícil que se abram novas portas de rede em um bairro? Ou será que o valor que estou disposta a pagar por uma conexão nem tão rápida assim não é suficiente para eles? Ora, possuo um vizinho, dono de supermercado, com DUAS redes cadastradas em seu lindo –só que ao contrário- nome, e eu, mera estudante de Direito, que precisa estudar, mas que não se dispõe a pagar por uma rede de 8MB não mereço ao menos uma.

  Isso são detalhes. Já me acostumei a esta realidade. Mas e o acesso a rede que o governo federal sempre prega? O capitalismo existente no mundo contemporâneo não deixa mais espaço para rebeldias: quem consome vai adiante. (Claro, isto é infinitamente triste, mas é a realidade e na verdade dá assunto para mais um post) Mas este mesmo capitalismo feroz que nos ataca, devora e torna escravos, dita as regras: a livre concorrência. Onde está a livre concorrência? A OI é dominadora pelo menos em minha cidade, e seus serviços são decadentes. Só uma indignação, nada mais.

 

Post escrito com pressa e sem fim algum. Por quê? Enfim. Quem sabe? Blogs são blogs, e este aqui é tão aleatório quanto seus autores.

Até mais.

Bianca.

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O contratualismo de Hobbes

Posted on quarta-feira, maio 16, 2012

  O título é quase invisível, por isso, reescrevo-o aqui: O contratualismo de Hobbes.

  Não sou nenhuma especialista em Filosofia, em Política e nem mesmo em Direito. Mas, a disciplina de Ciência Política me proporcionou um estudo deste tema abordado por três autores, começando por Thomas Hobbes.

  Este post se dedica basicamente aos que também estudam isto no momento, sendo no Ensino Médio, na disciplina de Filosofia, ou no Ensino Superior, como no meu caso na disciplina de Ciência Política.

  Os contratualistas foram pensadores que voltaram seus estudos para o surgimento do Estado, da necessidade de um governo e quais as consequências deste surgimento. Para eles, a ideia aristotélica de sociedade natural, que se forma pelo fato de o homem ser um ser social, não é valida e acaba em si mesma. Portanto, buscam outras causas para o nascimento do Estado. Três foram os principais contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau, porém aqui trataremos apenas de um deles, Hobbes, o precursor deste modo de pensar.

  Thomas Hobbes viveu em um período conturbado da história da Inglaterra: a Ditadura Cromwell. Foi o primeiro a pensar uma teoria contratualista, isto é, uma teoria sobre o Contrato Social, uma ação civilizatória, influenciado por Guilherme de Occam (último pensador medieval, ou primeiro pensador moderno).

  As teorias contratualistas se caracterizam por três qualidades semelhantes a todos os pensadores: o Estado de Natureza, o Contrato (ou Pacto) Social e o Estado Civil. Apesar de descreverem estes mesmos elementos os contratualistas se diferenciavam bastante e este acaba sendo a única coisa que desenvolvem em comum.

Leviatã   O Estado de Natureza seria o estado em que o homem vivia antes de se unir em sociedade, e apresenta os motivos que os levariam a criar o Estado Civil. O Estado de Natureza é algo hipotético, que não pôde ser provado historicamente e é apenas logicamente fundamentado, porém incerto.

  O Estado de Natureza de Hobbes era um estado de guerra de todos contra todos. Quem nunca ouviu a frase “O homem é o lobo do homem.”? Bom… Eu como antiga fã da cantora Pitty estou bastante familiarizada com a frase –risos. Mas o fato é, que com isto (detalhe pra quem ficou perdido com esta última observação: a cantora baiana Pitty tem uma música chamada O Lobo em seu primeiro CD, em que ficava repetindo “o homem é~ o lobo do homem, o lobo~~♫” e que grudou na minha cabeça até o Ensino Médio. Mera interpretação incompleta de Hobbes.) Hobbes queria dizer que o homem significa a própria destruição. Claro, é sempre um erro dizer que um autor quis dizer determinada coisa exatamente, mas esta é uma interpretação bastante suficiente.

  O homem era naturalmente um ser que ao olhar para seu semelhante dele sentia medo e previa ações que pusessem sempre em risco a sua vida. Qualquer movimento podia significar receber uma pancada na cabeça, a troco de nada. E realmente, isto podia acontecer, porque o semelhante tinha o mesmo medo que ele e o medo leva um homem a atacar o outro apenas numa antecipação de defesa, que poderia nem ao menos ser necessária. Conviver assim se torna muito difícil.

  Todos os homens têm como direitos naturais o direito à vida e à liberdade, porém esta liberdade acaba ameaçando a vida de cada um. Eu sou livre para atacar meu semelhante, não tendo nada que me impeça de defender a mim mesmo e que determine que eu me importe com ele. É aí que nasce a necessidade de que haja um poder maior que proteja aqueles que requerem sua proteção e que destrua os que tentarem lhe destruir. É então que a figura do Leviatã é usada por Hobbes.

  Leviatã é o mito de um monstro marinho gigantesco que reinava no oceano. Ele devorava todos que ficassem em seu caminho, todos os peixes e seres marinhos, grandes ou pequenos. Porém, fornecia proteção aos pequenos peixinhos que lhe orbitavam.

  Hobbes usa o mito do Leviatã para representar a figura que deveria nascer para proteger os homens do medo e garantir seus direitos naturais. O Leviatã representa o Estado.

  Todos os homens de comum acordo renunciariam à sua liberdade total e a entregariam ao Estado, ao Soberano, e este ato é chamado de Contrato Social. Abrindo mão de sua liberdade o homem teria segurança para a vida, criando um terceiro ente, o Estado, que cuidaria de suas vidas de forma absoluta.

  Com o Pacto Social começaria então o Estado Civil. Para Hobbes, o Estado Civil deveria ser constituído por um único rei absolutista, que tivesse mão firme para o governo.  No Estado Civil então todos seriam governados por um só rei e todos teriam sua vida livre de riscos e sem medo.

  Esta é em síntese a teoria de Thomas Hobbes sobre o surgimento do Estado.

  Quem sabe eu faça uma síntese como esta para John Locke e Jean-Jacques Rousseau também? É de se pensar.

  Antes que eu me esqueça! Duas dicas pra quem está estudando o assunto e gosta de literatura e de filmes:

~ O livro “Senhor das Moscas” de William Goldwin, que foi vencedor de um Nobel de Literatura trata do nascimento de uma sociedade do nada, quando meninos são deixados em uma ilha deserta completamente sozinhos e sem adultos. O livro é um pouco mais interessante que o filme ;D

~ E o filme “Senhor das Moscas”. Não é um filme muito comprido e mostra bem, para aqueles que não quiserem ler, porque repito: o livro é mais legal ;D, a criação de uma nova sociedade por causa do medo, um reflexo bastante abrangente da obra de Hobbes.

Era isto. Este post foi escrito com base nas leituras, filme, estudos e aulas de Ciência Política que tive com a professora Roberta Magalhães Gubert na UNISINOS. Se houver algum erro grave me comunique, e este erro também é de minha inteira responsabilidade. Imagem retirada do site Wikipédia, e é a capa da primeira edição de Leviatã, obra de Hobbes. Este post foi escrito ao som de Metallica, Evanescence, Sistem of a Down e A Perfect Circle. ;D

Bianca.