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Cafés, produtos, serviços, McDonald's e um sonho

Posted on segunda-feira, maio 05, 2014


Foto de Mark Prince, Cofeegeek



    Fazer café não é somente extrusar um líquido preto de uma máquina cara. É muito mais que isso. As pessoas que fazem café precisam ter uma habilidade, uma vontade especial. Isso vale pra quase tudo que se faça e que se venda, não somente para esse exemplo gastronômico.

Tomo pouco café, mas tomo.
Fim de semana passado(a)  Há umas duas semanas eu fiz uma coisa bastante difetente do meu costume, tomei um capuccino do McDonald's. Não tomei todo meu capuccino. O café não era bom. No McDonald's não se exige algum gosto pelo trabalho, pelo contrário, o forte dessa rede é esse: você não precisa ser especial.



Foto de Ross Uber

     Ao tomar um café como aquele eu estou ofendendo meu paladar, ofendendo o trabalho da pessoa e prejudicando os outros que trabalham com isso. Tem muita gente que gosta de fazer café, que gosta de coziinhar, que gosta de fazer roupas, que gosta do que faz. É dessas pessoas que deveríamos consumir. Pois, em termos diretos, se dou dinheiro pra alguém que gosta do que faz, esse dinheiro é consequẽncia do seu trabalho, ele inclusive apoia a pessoa a  se manter fazendo aquilo, que já é mais bem feito porque é feito com vontade.

A pessoa que tem um trabalho que não gosta não é alguém errado ou que não mereça ser valorizada, essa pessoa seria certamente valorizada de verdade se pudesse estar realizando aquilo que gosta, que sente vontade, que tem interesse. Aí que entra a parte utópica do meu raciocínio: se colaboramos com quem ama o que faz e só com eles, os trabalhadores serão mais completos e felizes porque gostam do que fazem. Pelo menos é com esse propósito que deveríamos rumar como mundo, que os engenheiros e "fazedores" não façam algo que irá substituir uma pessoa e deixá-la desempregada, mas substituir uma pessoa para dá-la um trabalho mais valioso, mais fácil ou mais prazeroso. Esse é um dos papéis que vejo como trabalho do "fazedor" - aqui vos fala um futuro engenheiro que quer fazer um mundo um pouco melhor, só pra lembrar o porquê desse viés.

Um abraço, e deixo a ideia que quero passar resumida: Pense no que consome, isso é um "pequeno passo" para um mundo melhor. Tente valorizar pequenas coisas na vida, como o sabor do que é feito com carinho, como a luz do sol que nos aquece nos dias frios, tudo o que é de fato verdadeiro e SEJA verdadeiro =D

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Estou esrevendo de dentro de um ônibus, então perdoe-me a desconexidade das frases. (os primeiros parágrafos, principalmente. Terminei dias depois). Queria escrever bastante e elaboradamente, mas é melhor fazê-lo aos poucos, em pequenos Drops. Fica pior, mas fica mais legível e factível.

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As origens do "Sou Foda"

Posted on sábado, abril 26, 2014

Uma genialidade como aquela não pode ter surgido assim aleatŕoriamente, do nada. O videoclipe do Sou Foda, que suponho que todos os leitores conheçam (PARTE SINCERA: eu não vou colocar aquele vídeo aqui, se não conheces, ótimo. Não vá atrás e não leve a sério todo esse post) certamente deve ter um background cultural por trás. E, de fato, tem. Obviamente as influências do Funk Carioca etc. Mas um detalhe que percebi por esses dias sobre o visual do clipe e a dança também é que ambas essas características foram fortemente influenciadas pelas músicas da época em que suponho que o autor estava nascendo, o Pop/Hiphop dos anos 90:






Note a escrotidão desse clipe hahaha. Percebemos logo nos primeiros segundos, a moça ali vestida de Mortal Kombat com pochete, as palavras que são ditas piscando no fundo e, principalmente, a dança do rapaz que é claramente um precursor e forte influência para o sucesso carioca de 2010.

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A vida comum de Tom - Uma (pre) Introdução

Posted on terça-feira, abril 08, 2014

Eu brincava com um carrinho amarelo de plástico e eu corria a casa toda com aquele carrinho gritando "Vruum, vruum!!". Na verdade essa é uma das poucas coisas que me lembro. Lembro também de dormir no colo do meu pai, deitado no sofá enquanto eu assistia alguma coisa na TV e ele lia um livro com a capa azul que tinha o mesmo cheiro daquela escrivaninha velha da sala dele. Não lembro o que tinha na sala, eu nunca tive altura suficiente pra enxergar bem as coisas de lá mesmo. Minha mãe me dava uma sensação de carinho e segurança. Mas, bem, eu não vim aqui pra falar de mim, vim aqui pra contar uma outra história, antes que eu esqueça. Porque, não sei se eu já disse, a minha memória não é muito boa e se eu não contar enquanto as coisas acontecem posso nunca me recordar, como faço com meu passado fragmentado.
Meu nome é Thomas Beobachter, mas pode me chamar de Tom.

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Uma manhã de estudos

Posted on terça-feira, março 11, 2014

Terça-feira. Dia em que minha semana começa. Passo o final de semana pensando em como, a partir de terça, minha semana será produtiva. Chego na cidade onde estudo na segunda, limpo tudo, arrumo tudo, deixo tudo ajeitado porque terça-feira é dia de começar a semana.
Planejo acordar cedo, ir para a biblioteca, estudar a manhã toda. À tarde, vou para meu trabalho como bolsista de iniciação científica e, à noite, tenho uma empolgante aula sobre Contratos.
Está tudo planejado. Não há nenhuma possibilidade de algo dar errado... Será?

Chega a terça-feira. Durmo até às 8hs da manhã. Até aí, ok. Era o plano!
Fico na cama até 8:30. Hey! Por que tanto?!
Vou para a cozinha, tomo meu café da manhã, me arrumo e sigo meu caminho, rumo ao outro lado da rua, ou melhor, rumo à Universidade. Enfim, vou estudar! Fiz uma viagem de aproximadamente 3 horas no dia anterior para que possa aproveitar a semana de estudos aqui, em São Leopoldo, morando em um Pensionato de freiras.
Mas... Havia planejado começar os estudos às 9hs. Já são 10 horas da manhã! Pelo amor de Deus, onde foi que eu errei?
Ah, calma. Agora, por duas horas, vou baixar a cabeça e estudar intensamente. Espere! Por que as bibliotecárias, que deveriam exigir e manter o silêncio da casa sagrada dos livros, estão conversando tanto?! Ok, força, Bia. Você consegue.
Quem sabe uma música? Mas, qual? Vamos procurar no Spotify. Red Hot Chillipeppers... Não. Thirty Seconds to Mars... Não gostei. Bethoven? Parado demais, preciso de agitação. The Offspring... Muito agitado! Quero correr pela biblioteca gritando as letras e... The Cure... Sim! Não conhecia muito, mas é muito bom.
Ahhh! Olha só, já são 11hs!! Poxa, li 10 páginas apenas. Minha meta são 50. Poxa! Poxa! Poxa!
Ok, foco. Estudo mais um pouco, mas então parece que preciso contar tudo isso para alguém. Que solidão! Ninguém para conversar. Todo mundo estudando de verdade, trabalhando, postando fotos de cães feridos no Facebook... e eu aqui, sozinha e com défcit de produtividade.
Então vim escrever isso. Pois agora são 11:30. Vou ali, voltar para minha rotina do desespero, ouvindo The Cure, sentindo as primeiras pontadas de uma dor de cabeça que sei que vai durar até que eu deitar novamente na cama, à noite, depois de um dia cheio. Cheio de falhas e problemas que se repetem sem que eu consiga encontrar uma solução.
Tenha um bom dia.

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Resenha - Operação Sombra Jack Ryan (filme)

Posted on domingo, fevereiro 09, 2014

Gosto de filme.
Gosto bastante de cinema.
Não sei as implicações disso, mas eu gosto.

Sexta (07/02) eu fui pra um cinema aqui no Rio. Tinha feito prova e precisava relaxar um pouco, estava com um amigo que estava na mesma.

"Qual o filme que começa mais cedo?", a resposta para essa pergunta era Operação Sombra Jack Ryan. Obs: Evito spoiler que estraga.

 Acho que dá pra dizer que o filme não é muito minha cara, mas vamos aos fatos. O filme fala de um economista que depois do curso não segue a academia, vai pro exército trabalhar no Afeganistão. Sofre um acidente num helicóptero e salva seus colegas, quebra a coluninha e fica meses em recuperação. É chamado pra concluir o PhD e trabalhar pra CIA em Wall Street (tipo trabalhando normal só que dando informações pra eles).
Tá. Ele descobre um treco forte dos russos, daí ele TEM que ir pra Rússia e lá ele se torna um agente de verdade. Mas tem alguns pontos interessantes sobre o filme que eu queria apontar e talvez levantar a discussão (com quem?), dá pra ter uma ideia do "estilo do filme".

  • O filme começa com um juramento pros EUA
  • O cara é um grande herói que derrotou os russos (GENTE, O FILME É DE 2014!)
  • O cara fica namorando com a médica que ajudou ele a se recuperar. Ele não pode contar pra ela que é da CIA. Ela acha que ele tem um caso, quando ele vai pra Rússia ela faz uma surpresa inconveniente pra ele, vai atrás dele. No fim do filme, quando ele fica todo arrebentado, ele diz pra ela que ela não escolheu essa vida (de ter que ficar se arrebentando). E ela diz "Eu escolhi você".

 Os dois primeiros pontos dispensam muitos comentários. Mas surge uma questão sobre os filmes assim "nacionalista EUA": Quem faz com que esses filmes sejam feitos? Tipo quem paga mesmo, contrata?
Também dá pra perguntar sobre os filmes de consumismo, de carros, de drogas, etc. Talvez o estilo ajude a vender por si só, mas apesar de Occam, isso não deve ser toda a verdade.

O último é uma observação sobre aquela visão da menina-disponível-vivo-pra-você, da sou-ninguém-homens-que-importam. Eu não assisti muitos filmes pensando nisso, mas isso é forte nos filmes. O filme tá incentivando as pessoas a serem assim e esperar isso? Não sei. Talvez seja a melhor forma de contar a história, talvez o público peça por isso, talvez seja sem querer. Duvido que seja sem querer.

Antes eu tinha mais ideia de coisa pra falar, mas agora fugiu. Talvez isso é tudo. Só ficam algumas coisas na cabeça...
Por quê? Até quando? Pra quem?

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Quickie - School of Data e P2PU

Posted on terça-feira, fevereiro 04, 2014

Inicio aqui as postagens "quickie", do Merriam-Webster "something that is done very quickly" (algo que é feito muito rapidamente). Serão as postagens que faço na corrida (que serão a maioria). Rápido pra escrever quer dizer rápido pra ler. Não há nada de ruim nisso, só bom :)

Estão se desenvolvendo cada vez mais cursos online. A informação, educação e mídia tradicional está cada vez mais em cheque ("cheque" eu não escreveria normalmente, então espere menos de mim nessas postagens também hehe). Infelizmente pra nós, a maior parte disso tudo está em outras línguas que não o português. Vim falar de conteúdo prioritariamente em inglês.

A School of Data é uma plataforma online de cursos focados na utilização de "data" (dados, significando fatos e informações). De acordo com eles, trabalham para dar poder às organizações civis, jornalistas e cidadãos. Utilizando a informação para melhorar a vida das pessoas, buscando pela transparência do governo e pela utilização das informações para anunciá-las efetivamente.
É parte da P2PU....



A "Peer to Peer University" (universidade de igual pra igual, na minha tradução), que já pelo nome dá ideia do que trata, organizando o aprendizado para além dos muros da escola.
"Uma universidade para a Web. Construida por uma comunidade aberta."

Tudo com uma ideia de conhecimento aberto. Que eu falarei sobre em breve.


"May the force be with you"
A ideia é essa.

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Andanças #1

Posted on sábado, fevereiro 01, 2014

#1 porque muitas hão de vir e espero escrever sobre


Já faz um mês que estou no Rio de Janeiro. Surpreendente, parece que cheguei ontem. Quero colocar umas fotos, mas eu não as tenho em mãos agora, talvez depois.Tá, coloquei duas fotos. Nem sempre tenho fotos, pois estou sozinho e as vezes saio sem máquina.
Não escrevi antes porque não tenho ~tempo livre~ vocês vão entender.

A primeira, longa, noite:

Saí de Porto alegre dia 31/12, ano passado. Chegando no Rio eram passadas as 19h, já não sei dizer exatamente porque faz um mês. Peguei um ônibus no aeroporto Galeão (o Rio tem 2 aeroportos, o Galeão é mais longe do centro), me disseram que ele ia passar no Jardim Botânico, meu destino, aluguei uma casa lá. Porém o dia 31/12 é um dia muito especial. Em especial no Rio, onde todo mundo vai pra Copacabana ver os fogos, junta cerca de dois milhões de pessoas! Quase todo mundo estava indo para lá, então no caminho conseguiu-se chegar o mais perto possível da praia. Então quando eu percebi que tínhamos passado do caminho para o Jd Botânico eu perguntei pro motorista ele me disse que no meio do caminho descobriram que dava pra chegar mais perto da praia. Pedi pra ele me largar ali perto do metrô, porque em estações é mais fácil de se achar. A gente já estava lá na Cantagalo! Consegui ainda pegar o metrô, era umas 8 e pouca, quase nove. Fui até a Botafogo e ali descobri que nem os ônibus do metrô (eles chamam de metrô na superficie) nem os ônibus normais estavam funcionando. É, o dia 31 é meio catastrófico, a sensação era de estar numa espécie de apocalipse, eu via multidões caminhando na mesma direção, a maioria de branco.


Nesse ponto eu aceitei a hipótese de pegar um táxi.
Ataquei um taxi na rua que me perguntou pra onde eu ia, quando eu disse Jd Botânico ele aceitou me levar. Conversamos, ele me disse que já estava prestes a ir pra casa tomar uma cervejinha porque afinal ele também é gente. Dentro do carro eu considerava a hipótese de ir também ver os fogos, um grande evento que eu não sabia quando teria a chance de ver. Falei perguntei quanto que ia custar me levar de onde eu estava até o mais perto da praia, ele disse que uns 15 reais. "Vou ver os fogos!", o taxista me esperou sem dar outra bandeirada. Eu fui pro ap o mais rápido que pude, consegui obter as chaves, larguei minhas coisas e fui. O cara me deixou num lugar ali depois me explicou exatamente como fazia pra voltar. Tranquilo. Segui a multidão e assisti aos fogos. Voltei a pé e dormi já tarde, eram umas 2h.

A meia dúzia de dias seguintes andei bastante. Fui à praia, conheci o centro (um pouco, já era tarde quando cheguei lá), vi de longe os arcos da lapa, conheci o Botafogo (bairro), a feira de São Cristóvão, o Theatro, o Caixa Cultural. Mas por hora relato o primeiro momento, em breve posso continuar.


Depois começou o motivo de eu estar aqui, estou fazendo um curso de verão no IMPA. Tem que estudar bastante e não é brincadeira :). É de Álgebra Linear, ganhei bolsa e não vou explicar exatamente agora do que trata. Curso ~exatas~ e sou bolsista do CNPQ em matemática. Enfim, isso é só um esclarecimento, não é o objetivo do post.


Kutabare! ~ :D

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Retrospectiva 2013 da Bia - Leituras! (Parte 2)

Posted on segunda-feira, janeiro 13, 2014

Férias é um momento de tanta preguiça. Passo o ano todo pensando em todos os livros que vou ler, todo o estudo que vou realizar, tantas bandas novas que vou conhecer, quantos lugares vou conhecer... Tudo nas férias. Mas as férias chegam e eu faço: nada. Ou, muito pouco.

Mas estou cumprindo com minha palavra em alguns pontos: eu voltei para fazer a segunda parte do post sobre os livros que li em 2013. E estou lendo alguns livros também, e visitando pessoas - por vezes, recebendo visitas.
Adiante, então, para o final da curtíssima lista de livros que li no ano passado.
5. O Juiz e seu Carrasco - Friedrich Dürrenmatt
Quando? 12/05/2013
Sobre o que é? Em uma cidadezinha suíça, um policial exemplar é encontrado morto. Bärlach, um velho e doente comissário, amante de cigarros, de vodca e da boa mesa, investiga essa morte ao mesmo tempo em que luta contra a sua própria, que parece cada vez mais próxima. Enquanto a polícia se vê às voltas com figurões locais, oficiais oportunistas tentam subir na carreira, e Bärlach faz as suas arriscadas jogadas. Na sombra, o assassino, um tipo maquiavélico, disserta sobre o bem e o mal, que ele considera possibilidades iguais. Tendo como mote principal uma intriga policial, O juiz e seu carrasco, uma das obras mais conhecidas do escritor suíço Friedrich Dürrenmatt (1921-1990), trata, na verdade, num tom sarcástico, da tragédia da morte e da doença, da risível comédia humana. Uma pequena obra-prima à altura dos mestres Dashiell Hammett, Rex Stout, Raymond Chandler e Georges Simenon.
Conclusões: não lembro de praticamente nada desse livro! Precisei ler ele para uma cadeira de português da faculdade. Ele é bastante fino e li bem rápido. Mas sinceramente a leitura não foi aproveitada porque eu não li por gosto, mas por obrigação. Não que eu não tenha gostado. Dei uma boa avaliação no Skoob - o que significa que o livro é bom e pode ser recomendado.
Avaliação final: três estrelas.

6. Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter #1) - J. K. Rowlling
Quando? 01/08/2013
Sobre o que é? Harry Potter é um garoto comum que vive num armário debaixo da escada da casa de seus tios. Sua vida muda quando ele é resgatado por uma coruja e levado para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá ele descobre tudo sobre a misteriosa morte de seus pais, aprende a jogar quadribol e enfrente, num duelo, o cruel Voldemort. Com inteligência e criatividade, J. K. Rowling criou um clássico de nossos tempos. Uma obra que reúne fantasia e suspense num universo original atraente para crianças, adolescentes e adultos.
Conclusões: A história de Harry Potter é aquela que já conhecemos. Li esse livro há bastante tempo, quando ainda estava no ensino fundamental... Mas não lembrava de absolutamente nada e comprei a coleção toda - um bom motivo para reler, certo? :D Na verdade, ao reler, achei a escrita da Rowlling um pouco pobre - me julguem. Talvez eu devesse ter lido todos os livros na época em que eu ainda estava no ensino fundamental mesmo, mas ainda assim: Harry Potter é um clássico contemporâneo, por ter se tornado o fenômeno que é.
Avaliação final: três estrelas.

7. O Pintor que Escrevia - Letícia Wierzchowski 
Quando? 02/11/2013
Sobre o que é? Duas pessoas apaixonadas e um pecado que transforma suas vidas são os protagonistas de O Pintor que Escrevia , novo romance de Leticia Wierzchowski, autora de A casa das sete mulheres . Em O Pintor que Escrevia , a autora conta a história de Marco Belluci, pintor italiano que se refugiou no Brasil durante a Segunda Guerra e suicidou-se sem explicações. Belluci deixou muitos quadros, que foram encaixotados e assim permaneceram por muito tempo. Vinte e um anos depois da morte de sua morte, um conhecido marchand ao avaliar sua obra, descobre textos escritos atrás de cada tela, que revelam um amor que custa crer que tenha existido.
Conclusões: Outro livro lido para uma cadeira de português da faculdade. Comecei a ler com uma grande má vontade: é um romance romântico! Eca! Mas, afinal, foi um bom livro - não o melhor, mas um bom livro. Quando fizemos um trabalho sobre o livro, descobri algumas coisas interessantes sobre ele: ele é cheio de símbolos e coisas ocultas. Gosto disso. E além de tudo, a leitura fluiu! Li ele bem rápido quando comecei de verdade. De fato, a única coisa que não me deixou adorar o livro foi o tal do "amor incondicional e ai-meu-deus-vou-me-matar-por-essa-mulher" que o livro tem. Bitch, please, não é meu estilo de leitura!
Avaliação final: quatro estrelas.

8. A Sombra do Vento - Carlos Ruíz Zafón
Quando? 07/12/2013 (e em apenas quatro dias!!)
Sobre o que é? A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias. Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que ama poderão ter um destino terrível.
Conclusões: já expressei minha opinião sobre o livro aqui, nesse post. Amei, e ponto.
Avaliação final: CINCO ESTRELAS E UM CORAÇÃO. Favorito, com certeza.

9. Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (Becky Bloom #1) - Sophie Kinsella
Quando? 18/12/2013
Sobre o que é? Rebecca Bloom é uma jornalista especializada na área de finanças e uma compradora compulsiva. Na realidade, ela nada entende de economia, apesar de trabalhar no ramo, vive fugindo do gerente de banco e inventa meios malucos de conseguir pagar seu cartão de crédito
Conclusões: adorei o livro! Eu fiquei o tempo todo pensando em "Becky, você é uma idiotaaaaa! Cresça, encare os desafios, seja uma pessoa sensata! Seus problemas podem ser fáceis de resolver se você quiser...". E também pensei em como sou igual a ela nesse ponto. Ignorar os problemas parece tão mais fácil... Parece que eles vão deixar de existir! Mas não é assim que funciona, e Kinsella nos mostra isso de uma forma muito divertida!
Avaliação final: cinco estrelas.

Sinto quase vergonha da quantidade de livros que li em um ano inteiro! Houve tempos em que eu lia 40 por ano, mais ou menos. Por favor, faculdade, devolva minha vida!
Encerra-se aqui, então, a retrospectiva de livros que li em 2013. 
Como desejos para 2014, ficam: que eu consiga ler mais livros; que eu consiga ler livros que eu quero ler, não que sou obrigada; que eu consiga ler os 60 livros que ainda não li da minha estante; que eu possa continuar recomendando os melhores livros e falando sobre eles, mesmo que comigo mesma :D

Esse post foi embalado por uma série de músicas velhas supplied pelo Spotify haha
Como "The Final Countdown", "Don't Stop Believing", "American Idiot", "Don't Fear The Reaper" e "Wanted Dead or Alive" :D

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Retrospectiva 2013 da Bia - Leituras! (Parte 1)

Posted on quinta-feira, janeiro 02, 2014

Os finais de ano são sempre cheios de retrospectivas. As pessoas parecem amar pensar naquilo que passou. E costumam lembrar de tragédias - os acontecimentos mais marcantes, como o incêndio na boate Kiss e outros infortúnios muito revirados pela mídia.
Entretanto... Por que não lembrar dos bons momentos de cada um de nós? Os meus residem nos momentos de lazer que tive. Esses, por sua vez, residem nas leituras, nos passeios, nas músicas que conheci e nos episódios seriado que tive a oportunidade de assistir.
Momento desabafo: o que me caracteriza como eu mesma, na verdade, não é nada do Direito. Ainda tenho dúvidas se nasci para isso. Eu amo ler minhas bobagens, aproveitar cada palavra de um Young Adult... Perder horas em frente ao computador assistindo Pretty Little Liars ou qualquer coisa tipo série... Deitar na rede, pegar um vento, ouvir minhas músicas favoritas... Escrever aqui... Mas nada disso vai me alimentar e me cobrir, vai? Fim do momento desabafo.
Aqui está, então, a retrospectiva dos livros que li neste ano! (Post dividido em 2 por motivos de: li uns 10 livros, isso daria um post muito grande)


1. O Restaurante no Fim do Universo (O Guia do Mochileiro das Galáxias, #2) - Douglas Adams
Quando? 02/02/2013
Sobre o que é? O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente "O Guia do Mochileiro das Galáxias", mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.
Conclusões: Não lembro perfeitamente do livro. Tenho certeza de uma coisa: é melhor que o terceiro, que estou lendo agora. Gostei bastante desse segundo livro, tanto que recomendei a leitura da série para minha mãe! Grandes revelações nesse livro. Adams tem um humor muito diferente de qualquer coisa que se consiga encontrar em qualquer outro autor - um humor irônico-nonsense. Ótimo livro, melhor que o primeiro - que é muito bom -, e sem dúvida melhor que o terceiro que tem deixado a desejar.
Avaliação final: Cinco estrelas <3 span="">

2. Perversas (Pretty Little Liars, #5) - Sara Shepard
Quando? 21/02/2013
Sobre o que é? Hanna está tentando retomar sua vida após descobrir que sua melhor amiga tentou matá-la, mas, para complicar a situação, precisa aprender a conviver com sua futura meia-irmã, Kate e lutar para manter a popularidade em alta. A indiferença da família Hastings está sendo uma tortura para a adorável Spencer, e com a morte da avó novos e terríveis segredos virão à tona. Parece que Aria não consegue mesmo ficar longe dos homens mais velhos, visitando uma exposição de arte, o que lhe chama a atenção é um interessante desconhecido...que voltará a cruzar seu caminho. E Emily, a garota que gosta de garotas, talvez não goste só de garotas.... Fique esperta. Uma vez em Rosewood, você não poderá sair até descobrir o que o destino preparou para estas belas mentirosas! 
Conclusões: Enjoei dos livros. Caí na real para o fato de que eles são muito infantis, mesmo colocando partes que crianças não leriam. Não gostei muito desse livro, apesar de ele trazer revelações muito interessantes. Acho que, apesar disso, esse é um daqueles casos raros em que eu gosto mais da produção audiovisual do que do livro. Ponto. 
Avaliação final: Três estrelas.

3. Medo Líquido - Zygmunt Bauman
Quando? 09/05/2013
Sobre o que é? O ser humano vive hoje em meio a uma ansiedade constante. Temos medo de perder o emprego, medo da violência urbana, do terrorismo, medo de ficar sem o amor do parceiro, da exclusão. O resultado? Temos que nos atualizar sempre e acumular conhecimentos, circulamos dentro de shopping centers, dirigimos carros blindados, vivemos em condomínios fechados. O medo é uma das marcas do nosso tempo. Em seu novo livro, Bauman faz mais um estudo singular sobre a vida contemporânea e revela um inventário dos medos atuais.
O autor mapeia as origens comuns das ansiedades na modernidade líquida e examina mecanismos que possam deter a influência do medo sobre as nossas vidas.
Segundo Bauman, as certezas da modernidade sólida se foram, e, com isso, a utopia do controle sobre os mundos social, econômico e natural desmoronou. Em mais um estudo singular sobre a vida contemporânea, Bauman divide com o leitor suas análises sobre o tema.

Conclusões: Livro de um sociólogo, mas eu não li pela aula! Muito bom no começo, mas passa a ser maçante no final, porque ele é bastante repetitivo. Na verdade não estou certa de haver concluído a leitura, mas se faltou algo foi pouco. Um ótimo livro, apesar de repetitivo.
Avaliação final: Quatro estrelas.

4. Justiça - O que é fazer a coisa certa? - Michael Sandel
Quando? Nunca concluí.
Sobre o que é? Quais São Nossos Deveres para com os outros como pessoas de uma sociedade livre? O governo deve taxar o rico para ajudar o pobre? O livre mercado é justo? Pode ser errado, às vezes, falar a verdade? Matar pode ser moralmente necessário? É possível, ou desejável, legislar sobre a moral? Os direitos individuais e o bem comum conflitam entre si? O curso “Justiça” de Michael J.Sandel é um dos mais populares e influentes na Universidade de Harvard. Quase mil alunos aglomeram-se no anfiteatro do campus para ouvir Sandel relacionar as grandes questões da filosofia política aos mais prosaicos assuntos do dia e, neste outono, a rede pública de televisão transmitirá uma série baseada em suas aulas. Justiça oferece aos leitores a mesma jornada empolgante que atrai os alunos de Harvard. Este livro é uma exploração investigativa e lírica do significado de justiça que convida os leitores de todas as doutrinas políticas a considerar as controvérsias familiares de maneira nova e iluminada. Ação afirmativa, casamento entre pessoas do mesmo sexo, suicídio assistido, aborto, serviço militar, patriotismo e protesto, os limites morais dos mercados — Sandel dramatiza o desafio de meditar sobre esses conflitos e mostra como uma abordagem mais firme da filosofia pode nos ajudar a entender a política, a moralidade e também nossas convicções. Justiça tem vida, provoca o raciocínio e é sábio — uma nova e essencial contribuição para a pequena prateleira dos livros que abordam, de forma convincente, as questões mais difíceis da nossa vida cívica.
Conclusões: Não terminei o livro porque escolhi uma época turbulenta para começar. O livro é muito bom! Passa de forma prática e sintética pelas teorias sobre justiça de pensadores como Aristóteles, Rawls e outros. Eu li durante muito tempo, com muitas pausas então lembro de quase nada. Pretendo ler novamente, por isso abandonei, e conta como se nem tivesse lido. Fica como meta para 2014! O que lembro de ter lido foi muito útil nas pesquisas sobre Bioética, principalmente no que diz respeito a justiça distributiva etc.
Avaliação final: inconclusiva. Parcial, pode-se dizer que 4,5. :D

Os outros ficam para o próximo post... 

Esse post foi embalado por: Halestorm e The Pretty Reckless.

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~Resenha~ A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón

Posted on sábado, dezembro 07, 2013

Esse livro se tornou meu livro favorito. Talvez isso se dê pela fraqueza de minha alma, ou de minha memória mesmo. Acontece que nunca lembro, por mais de um ano, das histórias que já li. 
Com a frequência de leituras que ando tendo ultimamente (de 5 por ano, para menos), por conta da pesquisa na área da Bioética e da graduação em Direito, quase não lembro de meus livros favoritos.
Apesar de todo o narrado, acredito que mesmo tendo em mente os livros que já foram meus favoritos, eles teriam perdido seu posto para o magnífico livro que venho aqui apresentar. A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón. 

O livro trata da história de Daniel, um menino que acorda sem lembrar do rosto da mãe, já falecida. Como consolo, seu pai lhe leva a um local que mudaria sua vida: o Cemitério dos Livros Esquecidos. Nesse local, Daniel encontra e "adota" o livro que seria seu favorito, escrito por um tal de Julián Carax. Entretanto, ao procurar mais livros do autor, descobriu que um estranho os vinha queimando, um a um - e queria queimar, inclusive, o seu. Logo, Daniel se vê envolvido por um grande mistério, que envolve o passado de muita gente e o seu próprio futuro.
Essa, na verdade, é a sinopse que a capa traseira do livro oferece. É, também, aquilo que as lojas online lhe apresentarão. Mas o que fascina neste livro não está em nenhuma chamada. A sinopse, na verdade, não seria capaz de apresentar tudo que esse livro é e o que ele representa.
O livro tem mistérios que não se apresentam claramente desde o início. Seria um pecado contar o enredo do livro. Mas o que se pode contar é que os personagens são marcantes, os textos são profundos e muito cultos, e o andar da história faz surgirem os mais diversos sentimentos: raiva, amor, ódio, dor, surpresa, alegria... 
Até a metade do livro, me peguei odiando Clara Barceló. Senti uma grande empatia pelo pobre Fermín, homem sofredor que se revelou mais uma grande carga de pequenas surpresas nesse livro. Fermín me fez rir, chorar e sentir uma tristeza profunda na alma, porque ele me trouxe de volta um pensamento que sempre tive: a humanidade é má. Daniel, inocente e movido por emoções e pela curiosidade juvenil vai descobrindo a vida - a sua e as passadas. 
Até a metade do livro, também, se desenvolvem mistérios que parecem infinitos, já suficientes para uma boa história. Daí para diante, os mistérios parecem começar a se solver, mas, na verdade, eles começam a ficar mais complicados e mais intensos.
Enquanto Daniel se envolve cada vez mais na busca pela história de Julián Carax, o escritor de seu amado livro, esses mistérios nos deixam presos ao livro. Passei nove horas a fio do meu dia lendo esse livro, a partir da intensificação das coisas. Esse livro estava se tornando, potencialmente, meu favorito.
E, a partir de então, não consegui mais ler esse livro sem fechar a boca, ou seja, sem espanto. Cada nova página era uma surpresa e um salto no coração. Chorei e sorri, como nunca havia feito com outro livro.

Assim, se eu disser mais uma palavra, acabarei dando spoilers. Isso se deve à intensidade de acontecimentos que permeiam este livro, inesquecível, que me deixou no dilema de quem ama ler: terminar logo e descobrir tudo que me mata de curiosidade, ou prolongar a leitura para evitar o fim do que foi o melhor livro que já li na vida? Esse é, por fim, meu livro favorito, dentre os mais de 150 que li até o momento.