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Consciência

Posted on segunda-feira, abril 27, 2015

Por mais que eu abra os olhos
Por mais luzes que eu use,
Não consigo ver
Meu ferimento na cabeça.

Por mais que eu lute
Por mais esforço que eu faça
Não vejo mais que meio arco
Não sinto o sangue a correr solto.

Se levo um tapa na cara
Se outro golpe me fere
Sinto muito, mas vejo
O que oculto me estava.

O sangue que agora contemplo
e que em meu corpo estava
Me afasta do corpo, meu templo
e da consciência que me restava.

 ********Fim*******

Peço-lhes que façam o que eu esperaria de meu leitor, que faço às vezes:
  •  Que leiam e sintam (preste atenção no sentimento específico que o ato de compreender as palavras lhe causou),
  •  pense sobre o que o texto fala ("o que isso está literalmente dizendo?"),
  •  pense sobre o que o texto quer falar ("o que o autor quis dizer?"),
  •  pense sobre o que o texto poderia estar falando (algo como "o que está escondido nessas palavras").

Só como uma espécie de exercício despretensioso (mas se eu recebesse algum retorno das reflexões ficaria alegríssimo), pensei em escrever abaixo a visão do autor (o que o autor literalmente está dizendo e o que ele quis dizer escondido nas palavras) mas acho interessante* deixar para outro post, depois de um tempo e desse retorno aí =D

* Também porque estou meio com preguiça mesmo.


Há braços.