março 2015

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Tempo

Posted on quinta-feira, março 26, 2015

Muitas coisas acontecendo. Rotina esmagadora. Acorda, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, morre. Sem identidade, sem tempo, sem. Fica frio, fica quente, fica frio, fica doente. 
Pensa na vida, vive sem pensar, morre sem vida. Revive. Esperança de alcançar, novamente, o que ama.
Se era boa, não se sabe. Se via má, ruim e incapaz. Há de se tornar tudo que pensa. Tempo, tempo, tempo, tirou tudo que a fazia minimamente boa.

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Recomendação de música - Radium Valley

Posted on quinta-feira, março 19, 2015

Apenas para deixar, de alguma forma, registrado preciso dizer, antes de iniciar o post, que estou com outro tema fresco na memória para escrever. Sobre violência contra a mulher e a sociedade machista... Mas como a história é longa e eu estou com pouquíssimo tempo nos últimos dias, vou empurrando.

Agora, falando do que eu vim aqui falar!

Desde sempre (ou melhor, desde que recebi o acesso ao maravilhoso mundo da internet - só no fim de semana, depois das 14h de sábado, bloqueando o telefone da casa - com o que era conhecido por internet discada e, parênteses do parênteses, galerinha de hoje em dia não deve fazer ideia do que é), busquei por bandas e músicas novas e, diga-se de passagem, fora do comum.
Existem algumas bandas que fico surpresa quando encontro mais pessoas no Brasil (e esse país é grande!) que gostam. É o exemplo do The Birthday Massacre (que fez show lindo aqui, já contei? Papo pra outro post), do Astrobastard, e muitos outros. Outras, estão apenas fora da mídia comercial padrão das rádios aqui do Sul... Como o Korn, o Tool, Stone Sour, por exemplo. 

Tudo isso só para dizer uma coisa: descobri mais uma banda legal! E eu acho que vale a pena indicar os caras. É uma banda (aparentemente) francesa, de rock/metal-gótico (com pegadas de o que você quiser adicionar aqui). É, não sou muito boa com rótulos. 
O CD deles é bom. Mistura os elementos que fazer a música ser especial, diferente. Tem pegadas apocalípticas, e chegam a dar medo - com sons que lembram algum problema com radiação, com contaminação, com desgraça e total perdição do ser humano.
Bia, pára de enrolar! 
Ok. A banda é a Radium Valley. Acho aue vale muito a pena ouvir o álbum, chamado "Tales from the apocalypse". Tem uma análise do álbum que achei sensacional nesse link (https://ringmasterreviewintroduces.wordpress.com/2014/09/25/radium-valley-tales-from-the-apocalypse/), para quem lê em inglês e manja dos rótulos e curte critica etc. etc.

Era isso, galerinha batuta. 
;)

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Você Concorda Com Esse Post

Posted on segunda-feira, março 16, 2015

Aqui tem uma informação claramente falsa que está de acordo com o que você pensa. Você, então, talvez por concordar, toma como verdade. Aceita. Reafirma sua crença falsa e infundada. Concorda com a imagem exibida: 


Encontrei essa coruja voando ontem à noite perto de casa e bati essa foto. Ficou com esse monte de pontinho porque a câmera estava com ISO muito alto.



















Por mais absurdo que seja, você tem um profundo sentimento de que estou falando a verdade. Afinal você compartilha de minha opinião.
-- "Eu compartilho dessa opinião. Vou mostrar pros outros como estou certo."
Compartilha, a seguir, no Facebook essa informação. Recheada de segundas intenções e enganação, falsidades, mentiras.

Ao exporem opiniões contrárias você fecha seus olhos e acrescenta outro tijolinho no seu muro de ignorância que vem construindo há muitos meses. Eu pergunto o seguinte:

Quem forneceu o material pra esse muro? De que ele é feito? Esse muro te protege bem?

(Isso é crônica?)

Há Braços.

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Leitura Recomendada: 1984, George Orwell

Posted on terça-feira, março 10, 2015

Este texto estará confuso, mas é um convite. Leia até o fim.

Venho aproveitar que, pela primeira vez, eu e a Bia estamos lendo simultaneamente o mesmo livro, para convidar você, leitor, a ler conosco esse grande clássico da literatura mundial.





>                                                                         O livro foi escrito em 1949 (não em 1984, afinal é um livro "futurista") e trata de uma distopia (distopia é uma espécie de utopia ao contrário - uma realidade indesejável e/ou assustadora, etc) em que há um forte controle sobre a população. Enfim, se quiser uma sinopse boa, vá procurar - afinal, duvido muito que esteja lendo isso offline (escrevo em 2015 em uma plataforma na internet - e chamamos de online se você está conectado na internet. Caso eu esteja escrevendo para o futuro).


Por que ler o livro? Enfim, eu não posso falar muito porque eu ainda não li, mas tenho certeza que é um livro que vale muito a pena. Se fores ler, avise, comente etc. Estamos lendo em passos lentos, então comece e não se apresse. Avise-nos, se quiser, e marcamos uma discussão do livro - ou não.

Enfim, esse "desafio literário" é pra VOCÊ.


(Esse tom de Reversal Russa na última frase considero minha pérola textual. Permita-me elogiar-me modestamente. Tive que comentar com medo do leitor não perceber. Preciso de feedback, eu acho, porque tem vários desses detalhes que fico afim de colocar, não sei se serei compreendido. Pode ser que eu coloque e nunca disse nada. Será que essas elucubrações em off - na real só entre parênteses - ficaram legais? hahaha Ah, se você não percebeu, o nome do livro está no título do post.)

Há Braços.

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Percepções sobre morar fora #1

Posted on quarta-feira, março 04, 2015

Moro, há 13 meses, fora de casa.
Antes de mais nada, preciso deixar claro que esse post não tem uma finalidade muito definida. A princípio, vai apenas me auxiliar a perceber o que penso sobre o tempo que tenho passado longe da minha cidade, da minha família, de tudo que amo.
Parece que foi ontem que visitei o pensionato de freiras onde moro atualmente. Mas não foi. Foi ainda durante as férias de verão, com pressa e cheiro de motor de ônibus, suor e ansiedade. Uma casa simples, mas com um quarto só pra mim, e quatro irmãs (com hábito e tudo) que comandam o local, onde habitam mais de 15 meninas por semestre - frequentemente mudando. Banheiros compartilhados, cada uma por sua comida e sua limpeza. Mesmo assim, um lugar acolhedor e limpo pra passar o semestre.
Antes, gastava mais ou menos três horas por dia viajando de micro-ônibus, de casa para a universidade, e de lá para casa. Gastava muito mais do que gasto atualmente. Perdia tempo. Perdia sono. E perdia muita, muita paciência.
Agora, mais de um ano, ainda não sei o que pensar. Certamente eu sinto muita saudade de tudo que me pertencia antes, tudo que fazia parte da minha rotina. Mas aprendi muitas coisas novas: a rotina de fazer comida (ou passar fome) e ter de lavar toda a louça (que descobri não sumir, por mágica de mãe, da pia); ter mais paciência com os outros - e pensar, contra todos os impulsos, que a menina ao lado não vai tomar banho quando você queria ir só por sacanagem: ela também tem pouco tempo; perceber a bagunça do quarto quando ele fica inabitável (e, mais uma vez, a mágica de mãe não acontece)...
Com essas coisas que eu relatei parece que nunca fiz nada da vida. Mas não se trata disso! O fato é que ter a obrigação de fazer tudo isso, de ser a única pessoa responsável por si.... Isso é novo!
Ficar doente fora de casa, posso dizer, é a pior coisa. Talvez só perca para o fato de que sua família, lá longe, também fica doente de vez em quando - e aí você morre de preocupação e não pode fazer nada.
Interessante fazer a observação de que esse post começou a ser escrito há 9 meses, quando eu estava fora há apenas 4 meses. Por isso ele ficou parado: eu ainda não tinha percepções claras sobre o que é morar fora. A saudade dos livros, dos instrumentos musicais, do conforto e, principalmente, da família cegava e fazia pensar que doía mais do que de fato dói.
A intenção é escrever mais sobre isso. Talvez você esteja na mesma situação que eu, talvez tenha uma história para contar (pode comentar aqui, se quiser!). Talvez eu só esteja colocando emoções em palavras... Seja o que for, haverá mais.